Nesta sexta-feira (23) a WADA (Agência Mundial Antidoping) divulgou o resultado da revisão feita sobre substâncias ilícitas e manteve a cannabis ilegal.
A instituição se comprometeu a fazer uma revisão depois de um episódio envolvendo a atleta americana Sha’Carri Richardson. A corredora obteve a primeira vaga para para os Jogos Olímpicos de Tóquio ao correr 100 metros em 10.86 segundos em 2021.
Contudo, foi obrigada a ficar de fora das Olimpíadas depois que testou positivo para cannabis.
A suspensão causou revolta e indignação de muita gente, o que pressionou a WADA a revisar o seu código. Mas parece que isso não adiantou muito.
Qual a justificativa?
Segundo a instituição, a cannabis “viola o espírito do esporte”, mas que vai continuar monitorando o tema. O diretor Olivier Nieggli ainda acrescentou que está ciente das percepções divergentes da cannabis pelos países, assim como suas legislações.
“Planejamos continuar a pesquisa nesta área em relação aos potenciais efeitos de melhoria de desempenho, impacto na saúde dos atletas e também em relação às percepções de cannabis pelos atletas e especialistas em todo o mundo”, concluiu.
Mudanças até agora
Apesar da negativa, a WADA tem dado passos importantes em relação à cannabis. O período de suspensão dos atletas, por exemplo, já foi reduzido de dois anos para um a três meses.
Os Jogos Olímpicos de 2018 também fizeram história com a primeira competição em que o CBD (canabidiol) foi permitido. Trata-se da principal substância da cannabis bastante usada em medicamentos.
O problema, segundo a instituição, é que a cannabis é proibida em boa parte do planeta. Em países como Reino Unido, por exemplo, ser pego com a erva pode render até cinco anos de prisão.