A dopamina está relacionada àquela sensação boa de quando conseguimos algo que queremos. Acontece que, em algumas pessoas, principalmente com o passar da idade, esses neurônios começam a morrer. Não se sabe muito bem o que desencadeia essa reação, mas ela atinge cerca de 3,3% dos brasileiros com mais de 65 anos. Porém, de cada dez pacientes, um tem menos de 50 anos. Essa condição é conhecida como Parkinson.
Com limitada produção de dopamina, o cérebro não consegue se comunicar direito com os músculos, e assim começam os tremores, rigidez e lentidão dos movimentos. Por estarem relacionadas também ao chamado sistema de recompensa, causa depressão, irritabilidade e dificuldade para dormir.
Pesquisadores descobriram receptores canabinoides e compostos endocanabinoides em grandes concentrações em áreas cerebrais envolvidas no processamento e execução de movimentos corporais, como, por exemplo, nos gânglios da base, onde se encontra a substância negra.
Pesquisas em animais e humanos demonstraram que o sistema endocanabinoide passa por alterações neuroquímicas, conforme a Doença de Parkinson evolui. Estudos pré-clínicos também sugerem que, dependendo da fase da doença, os canabinoides podem modular as complexas alterações neuroquímicas causada pela redução dos níveis de dopamina.
Essas mesmas pesquisas sugerem que os canabinoides podem ajudar a combater o Parkinson por suas propriedades antioxidantes, anti-excitotóxicas – que leva à morte dos neurônios e anti-inflamatórias. Os resultados sugerem que tanto a maconha in natura quanto os canabinoides isolados (sintéticos e naturais) são bem tolerados e possuem propriedades terapêuticas para o tratamento de sintomas motores (bradicinesia, rigidez muscular, tremores) e não-motores (sono, humor, ansiedade, psicose, qualidade de vida).
Fonte: https://canteramed.com/paciente/doencas-ciencia-comprova-cannabis-medicinal-eficaz/ Data: 20/04/2021.