Três em cada quatro mulheres sofrem de Síndrome Pré-menstrual (TPM), que é uma série de sintomas físicos e emocionais que ocorrem dias antes do início da menstruação (pode incluir ansiedade, alterações na libido, alteração do apetite, fadiga, dores musculares); uma porcentagem menor sofre de um quadro clínico mais grave, denominado Transtorno Disfórico Pré-menstrual (TDPM), com sintomas que aparecem uma ou duas semanas antes do início do ciclo e podem incluir ataques de pânico, letargia, raiva ou irritabilidade, mudanças marcantes no apetite, insônia ou hipersonia.
O manejo terapêutico dessas síndromes é um tanto complexo porque cada organismo parece responder de maneira diferente às terapias disponíveis, entre as quais uma série de tratamentos hormonais, antidepressivos e mudanças no estilo de vida. No entanto, levando em consideração os efeitos colaterais e os riscos (doenças cardíacas, câncer de mama e endometrial, osteoporose, "menopausa médica") desses medicamentos, muitas mulheres optaram por usar cannabis para aliviar os sintomas.
Por exemplo, um estudo do Departamento de Psicologia da Universidade da Albânia recrutou 145 mulheres para avaliar sua experiência com cannabis, e foi relatado que o uso da planta e seus derivados proporcionaram uma melhora no humor, depressão, ansiedade, irritabilidade e problemas de sono.
Tanto o CBD quanto o THC podem ajudar a aliviar os sintomas que muitas mulheres enfrentam todos os meses. O CBD pode ser um excelente analgésico e antiinflamatório nesses casos, mas também pode ajudar no combate à ansiedade e ao estresse; por outro lado, o THC pode beneficiar mulheres com mudanças repentinas de apetite e trabalhar em sinergia com o CBD para aliviar dores musculares. No entanto, ainda são necessários estudos e pesquisas para verificar o processo que faz da cannabis uma grande aliada para o tratamento de sintomas relacionados ao ciclo menstrual e síndromes pré-menstruais, e assim, futuramente, estabelecer a planta como alternativa terapêutica para melhorar a qualidade de vida dessa população.
Fonte: CANNABIS WORLD JOURNALS | EDIÇÃO No. 8 | 26 Data: 03/11/2021.